quinta-feira, 31 de março de 2011

Cora Coralina


Cronologia
NASCIMENTO/MORTE
1889 - Goiás GO - 20 de agosto
1985 - Goiânia GO - 10 de abril
LOCAIS DE VIDA/VIAGENS
1889/1911 - Goiás GO
1911/1954 - Jaboticabal, São Paulo, Penápolis, Andradina SP
1954/1985 - Goiás GO


Cora Coralina, (Ana Lins dos Guimarães Peixoto Breta), foi uma poetisa e contista goiana.Cora Coralina, uma das principais escritoras brasileiras, publicou seu primeiro livro aos 76 anos de idade.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literarios, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.


Filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás. Começou a escrever os seus primeiros textos aos quatorze anos de idade, publicando-os nos jornais locais apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com Mestra Silvina










(Casa de Cora Coralina – Museu da cidade Goiás/Go – Brasil...Pirineu de Souza artes plasticas)


Publicou nessa fase, 1910, o conto Tragédia na Roça. Casou-se em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte, para o interior de São Paulo. Viveria no estado de São Paulo por quarenta e cinco anos, inicialmente nos municípios de Avaré e Jaboticabal, e depois em São Paulo, para onde se mudaria em 1924. Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás. Ao completar cinquenta anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". Nesta fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina morreu em Goiânia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.




(Casa de Cora Coralina: R. D. Cândido, 20. Funciona de terça a sábado, das 9h às 16h45, e domingo, das 9h às 15h45. Preço: R$ 4. - Fonte Blog 360 ) 



CONTATOS/INFLUÊNCIAS
Influência de Almeida Garrett, Allan Kardec, Artur Azevedo, Basílio da Gama, Camões, Carlos de Laet, Carmem Dolores, Gregório de Matos, Histórias da Carochinha , Júlia Lopes de Almeida, Olavo Bilac, Tomás Antonio Gonzaga

ATIVIDADES LITERÁRIAS/CULTURAIS
1910 - Goiás GO - Publicação do conto Tragédia na Roça no Anuário Histórico Geográfico e Descritivo do Estado de Goiás , do professor Francisco Ferreira dos Santos Azevedo
1932 - São Paulo SP - Colaboradora do jornal O Estado de S. Paulo
1965/1987 - Goiânia GO e São Paulo SP - Publicação de três livros de poemas
1986 - São Paulo SP - Publicação do livro de conto Estórias da Casa Velha da Ponte ; e do livro infanto-juvenil Meninos Verdes (Ed. Global)
1987 - São Paulo SP - Publicação do livro de conto O Tesouro da Casa Velha (Ed. Global)
1999 - São Paulo SP - Publicação do livro infanto-juvenil A Moeda de Ouro que um Pato Engoliu (Ed. Global)
2001 - Goiás GO - Publicação do livro  Villa Boa de Goyaz (Ed. Global)
OUTRAS ATIVIDADES
1935c. - São Paulo SP - Vendedora da Livraria José Olympio
1938c. - Penápolis SP - Proprietária do estabelecimento Casa dos Retalhos
1938c. - Andradina SP - Proprietária Casa Borboleta
1954/1978 - Goiás GO - Doceira; profissão abandonada devido à fratura do fêmur direito

HOMENAGENS/TÍTULOS/PRÊMIOS
1983 - Goiânia GO - Título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás; homenagem na Assembléia Legislativa
1983 - Brasília DF - Homenagem promovida pelo Senado Federal, Secretaria de Cultura, Fundação Pedroso Horta e Fundação Cultural no auditório Petrônio Portela
1983 - Goiânia GO - Fundação do Centro de Formação Profissional Cora Coralina (Senac)
1984 - São Paulo SP - Grande Prêmio da Crítica/Literatura, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte
1984 - São Paulo SP - Troféu Juca Pato, concedido pela União Brasileira de Escritores
1984 - Brasília DF - Comenda da Ordem do Mérito do Trabalho, por sua pertinácia em prol das causas justas e do progresso cultural de Goiás, concedida pelo governo federal
1984 - Rio de Janeiro RJ - Caso Verdade Cora Coralina , direção de Henrique Martins (Rede Globo)
1989 - São Paulo SP - Inauguração da Praça Cora Coralina

HOMENAGENS PÓSTUMAS
1985 - Goiás GO - Criação da Casa Cora Coralina
1986 - São Paulo SP - Nome de Biblioteca Infanto-Juvenil, em Guaianases
Contexto

MOVIMENTOS LITERÁRIOS
1962/ - Tendências Contemporâneas




(Aucione Torres Agostinho-Escultura em bronze)




Frases e Poemas de Cora Coralina...


Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.


"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina."

“Humildade

Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.

Que não sinta o que não tenho.
Não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.

Dai, Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada
caindo mansa,
longa noite escura
numa terra sedenta
e num telhado velho.

Que eu possa agradecer a Vós,
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tábuas remontadas.
E ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa,
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa
na manhã de um novo dia que começa.”

(Imagens do site Suindara Alexandre REPUBLICAÇÃO DAS MINHAS MATÉRIAS VEICULADAS NO DIÁRIO DA MANHÃ WWW.DM.COM.BR)

"Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade ."

"Melhor do que a criatura,
fez o criador a criação.
A criatura é limitada.
O tempo, o espaço,
normas e costumes.
Erros e acertos.
A criação é ilimitada.
Excede o tempo e o meio.
Projeta-se no Cosmos"


Fontes. www.vilaboasdegoias.com.br
Wikipedia
imagens google
Bebo para afogar as mágoas. Mas as danadas aprenderam a nadar
(Frida Kahlo)
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